Greve pode deixar Cubatão sem ônibus nesta sexta-feira (30)
- Guilherme Carvalho
- 28 de out. de 2015
- 2 min de leitura

Ainda não está definitivamente afastada a possibilidade de greve dos 400 empregados da Translíder, permissionária do transporte coletivo de Cubatão, que poderão paralisar as atividades a partir desta sexta-feira (30), por tempo indeterminado.
Isso acontecerá, segundo o secretário-geral do sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários, ‘Ferrugem’ Eronaldo José de Oliveira, se a empresa não atualizar o pagamento dos planos de saúde e odontológico.
Os motoristas, cobradores e demais profissionais quase entraram em greve na terça-feira (27), o que só não aconteceu porque a Translíder pagou, logo pela manhã, o adiantamento salarial de outubro, que deveria ter sido depositado no dia 20.
Agora, a pendência é de quatro meses atrasados dos planos de saúde e odontológico, o que pode deixar os trabalhadores sem assistência a partir de 1º de novembro: “Não aceitaremos isso passivamente, em hipótese alguma”, diz o sindicalista.
Se a empresa não regularizar a situação, o sindicalista irá ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), acompanhado do departamento jurídico, logo após o início da paralisação, para protocolar processo de dissídio coletivo.
A medida, já aprovada na assembleia de terça-feira, será votada em nova reunião dos trabalhadores, às 6 horas desta sexta, diante da garagem da empresa, na Rua Tenente Coronel PM Geraldo Aparecido Corrêa, 60, Vila Elizabeth, Cubatão, fones 3372-4388 e 3372-4853.
Cumprindo determinações da lei de greve (8.666-1993), o sindicato publicou, no sábado (24), na imprensa local, aviso aos usuários e autoridades sobre a medida, que tem validade para a paralisação que poderá começar nesta sexta-feira.
“Não queremos prejudicar a população, mas também não podemos correr risco dos trabalhadores ficarem sem assistência médica e odontológica”, diz o vice-presidente do sindicato, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’.
A Translíder tem 181 motoristas e 135 cobradores, além de monitoras escolares, empregados administrativos e de oficinas. Ficarão paralisados os 46 micro-ônibus que transportam 2.600 crianças da rede municipal de educação e os 64 ônibus convencionais para 22 mil passageiros por dia.
Betinho e Ferrugem lembram que, conforme a Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a prefeitura responde subsidiariamente por débitos trabalhistas da empresa de ônibus.
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região. Força Sindical. Avenida Conselheiro Nébias, 262, fone 13-3228-9200.
Presidente: Valdir de Souza Pestana. Vice-presidente: José Alberto Torres Simões ‘Betinho’.
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