NICOLACI REPUDIA AFASTAMENTO DE POLICIAIS MILITARES DAS RUAS

O vereador e presidente da Câmara Municipal de Guarujá, Ronald Nicolaci Fincatti (Pros), está preocupado com a política adotada pela Secretaria de Segurança Pública, no que se refere ao afastamento dos policiais militares envolvidos em ocorrências de morte, durante intervenções policiais.

Segundo Nicolaci, que é militar reformado, agentes têm sido impedidos de retornar às ruas, sem uma análise mais profunda acerca do que ocorreu com eles. "O critério atual é simplesmente numérico. Quem tem três ocorrências envolvendo mortes, no período de cinco anos, é afastado das ruas pela Corregedoria, sem uma avaliação mais profunda", diz o vereador, contando que tal procedimento, inclusive, já consta em ordem interna da corporação.

"Acho natural afastar o agente num primeiro momento, fazer as avaliações psicológicas necessárias, acompanhar. Mas tirá-lo da rua por conta de uma análise meramente estatística, não! Isso, a meu ver, é um grande engano. É preciso avaliar profundamente os fatos ocorridos; avaliar a qualidade do trabalho prestado. Até porque, geralmente, são os policiais mais atuantes que se envolvem nesse tipo de ocorrência", chama atenção.

Para Nicolaci, esse tipo de política acaba desestimulando os bons policiais a cumprirem com o dever de proteger a sociedade. "Também acaba reduzindo o efetivo de policiais presentes às ruas, que é uma das principais reivindicações da população", reforça ele, que já atuou na Força Tática, Rota e na Polícia Ambiental.

MOÇÃO

A crítica foi documentada, no início deste mês, e transformada em moção de repúdio, aprovada pela unanimidade do plenário do Legislativo Municipal, no último dia 3. Ainda na semana passada, o texto foi encaminhado ao gabinete do governador Geraldo Alckmin; ao secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, e ao Comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo, para tomarem ciência do tema.

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