Após mobilização liderada por Cubatão, Governo Federal tomará ações para proteger siderurgia naciona
- Guilherme Carvalho
- 27 de nov. de 2015
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Em reunião com a prefeita Marcia Rosa, no início da noite de ontem (26), o Ministro do Trabalho, Miguel Rosseto, confirmou que o Governo Federal já estuda medidas protetivas ao setor siderúrgico nacional e deve sobretaxar a importação do aço no País. Ele também confirmou que a presidente Dilma Rousseff estuda ações para expandir o mercado interno do produto e assim absorver a produção nacional. Outro item da pauta é a retomada do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), para o aço brasileiro, o que tornaria a nosso setor siderúrgico mais competitivo. A ação é uma espécie de incentivo fiscal para os exportadores nacionais. O tema siderurgia ganhou força em Brasília após a prefeita Marcia Rosa solicitar apoio do Governo Federal e do Congresso Nacional para evitar que a Usiminas paralise a produção de aço em Cubatão e demita mais de 4 mil trabalhadores diretos e outros 5 mil indiretos. Após as intervenções da chefe do Executivo cubatense junto ao ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini e ao próprio Miguel Rosseto, a presidente Dilma Rousseff se reuniu, na última quarta-feira (25), com representantes do Instituto Aço Brasil (que incluiu representantes da Usiminas) para discutir soluções para o mercado da siderurgia. Com isso, um grupo de trabalho com técnicos do Poder Executivo Federal foi montado para buscar ações que recuperem a indústria brasileira. Além do Palácio do Planalto, a prefeita conseguiu apoio na Câmara Federal para tentar reverter a decisão da Usiminas. Atendendo a um requerimento do deputado federal Marcelo Squassoni (PRB-SP), a CPI do BNDES (que investiga os empréstimos feitos pelo banco público) convocou os presidentes da companhia, Rômel Erwin de Souza, e do conselho de administração da empresa, Marcelo Gasparino. Na última quinta-feira (26), a dupla teve de dar explicações na Câmara Federal sobre o destino do empréstimo de R$ 3,7 bilhões contraídos pela Usiminas junto ao BNDES, justamente para ampliação das suas unidades em Cubatão e em Ipatinga (MG). Sem detalhar os investimentos, os representantes da empresa se comprometeram em enviar as informações posteriormente. Patrimônio da União - Também durante a sua série de compromissos na Capital Federal, a prefeita de Cubatão se reuniu com Cassandra Maroni, titular da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). No encontro, Marcia Rosa pediu o apoio da pasta para averiguar os investimentos realizados pela Usiminas na expansão do seu porto e na dragagem do Canal de Piaçaguera, caminho de acesso dos navios que atracam no porto da siderúrgica. Além disso, solicitou um estudo para verificar a possibilidade de novos investimentos na região do Polo Industrial, onde boa parte das áreas pertence à União. "Além de tentar evitar o fechamento da Usiminas, temos de buscar alternativas para a continuidade do desenvolvimento econômico do Município", explicou a chefe do Executivo.
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