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Sindest denuncia precarização da saúde municipal em Santos

  • Foto do escritor: Guilherme Carvalho
    Guilherme Carvalho
  • 27 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Sindest denuncia precarização  da saúde municipal em Santos



O serviço público de saúde em Santos, nos prontos-socorros e demais unidades de atendimento, está cada vez pior. Nem linhas e tesouras para suturas estão disponíveis para os profissionais do setor.


A reclamação é do presidente do sindicato dos servidores estatutários (Sindest), Fábio Marcelo Pimentel, que já levou o problema ao prefeito Paulo Alexandre (PSDB) e ao secretário de saúde, Marcos Calvo.


“Quanto mais denunciamos”, lamenta o sindicalista, “pior fica. Já encaminhamos as demandas também ao ministério público do trabalho (mpt)”.


Fábio lamenta que “as péssimas condições de trabalho, com falta de medicamentos, insumos, instrumentos e infraestrutura adequada acabam prejudicando não só a população, mas também os profissionais”.

“Parece vigorar a tese do quanto pior, melhor. Mesmo diante das nossas denúncias e reclamações, as mudanças ocorridas não foram para melhorar o serviço, mas para degenerá-lo”, lastima o presidente do Sindest.


Sem pressão

No pronto-socorro da zona noroeste, segundo ele, “falta até aparelho para medir pressão arterial, o esfigmomanômetro. Isso é lamentável, numa cidade como Santos, que sempre foi referência em saúde pública”.

“Estou sem linha para suturar o paciente”, diz um médico, ao lado do sindicalista, que pede para não ser identificado, por receio de perseguição e punição pela secretaria de saúde.


“E mesmo que estivesse disponível a linha”, afirma o profissional, “eu não poderia fazer a sutura, pois não temos a tesoura especial para cortar a linha, como exige um serviço bem executado”.


Fábio lembra que a qualidade do serviço público municipal de saúde sempre trouxe moradores de outras cidades para atendimentos de urgência e emergência, “o que não mais acontece”.


“Após as notícias de que terceirizariam o atendimento, começou o caos”, diz o sindicalista. “E quem tem sofrido a pressão são os funcionários, agora perseguidos se reclamarem”.


Tudo a perder

“Todos estavam acostumados a prestar um ótimo serviço e tinham os meios necessários. A notícia de terceirização pôs tudo a perder, implantando o suplício nos atendimentos”.

Segundo Fábio, “o pessoal é pressionado, sem condições de trabalho, ameaçado de transferência. Tudo isso resultou na decadência qualitativa do atendimento”.


“Se as organizações sociais, também conhecidas por ‘os’ serão tão boas como anunciam as autoridades, os serviços não seriam prejudicados, mas sim melhorados”.


Para o presidente do Sindest, “a intenção da prefeitura parece ser a de rebaixar a qualidade do atendimento para que, depois, as ‘os’ adotem os mesmos procedimentos”.

 
 
 

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