Depoimento na CPI confirma que Usiminas tem obrigações para com os trabalhadores" afirma Marcia
- Guilherme Carvalho
- 28 de nov. de 2015
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Prefeita participou da reunião da CPI do BNDES convocada para ouvir presidente da empresa. Marcia Rosa está em Brasília mobilizando lideranças para impedir demissões Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura assuntos relacionados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, foi questionado sobre os investimentos realizados com o empréstimo de R$ 3,7 bilhões feito pelo banco estatal e sobre as obrigações contratuais previstas nesse contrato que determinam a recolocação dos trabalhadores demitidos pela companhia. O empresário foi convocado a pedido do deputado Marcelo Squassoni (PRB-SP), que vem questionando as demissões de 4.000 trabalhadores até o final de janeiro, mesmo depois de a empresa ter recebido uma série de empréstimos. Para a prefeita Marcia Rosa, que acompanhou a reunião da CPI realizada na manhã desta quinta (26) em Brasília, o contrato prevê e estabelece obrigações da Usiminas com os trabalhadores. "A Usiminas obteve empréstimos de um banco público, dinheiro do povo brasileiro, e tem obrigações para com os trabalhadores e para evitar uma crise social na região", disse. "A CPI poderá esclarecer isso". A chefe do Executivo cubatense também lembrou que pela primeira vez os dirigentes da empresa se manifestaram publicamente sobre as medidas que afetarão a economia da Baixada Santista. "O presidente falou que não irá transformar parte da indústria em área retroportuária, mas não nega a intenção de usar o porto localizado dentro da empresa para movimentação de outras cargas. Isso é preocupante." Apesar de não ter ficado satisfeita com o posicionamento da empresa, que continua com o plano de paralisação da unidade de produção de aço em Cubatão, a prefeita continua confiante na reversão do quadro. "Estamos mobilizando lideranças e todos os entes públicos nessa luta. Ontem a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com empresários do setor e iniciou o estudo de uma série de medidas para aumentar a competitividade da siderurgia brasileira. Com a união de todos, poderemos encontrar saídas". Durante a noite, Marcia Rosa se reuniu com o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, que deverá ser indicado coordenador do grupo de trabalho que irá preparar esse estudo. A criação do grupo foi definida durante reunião da presidenta Dilma com representantes do setor siderúrgico, como o Instituto Aço Brasil e a própria Usiminas, realizada na quarta-feira (25). O objetivo é preparar um diagnóstico que aponte as medidas necessárias para proteger a produção de aço nacional e a preservação dos empregos do setor, incluindo a possibilidade do aumento da alíquota para importação do produto. Esse diagnóstico de orientação ao Governo Federal deverá ficar pronto em algumas semanas.
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