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Eduardo Cunha informa que autorizou processo de impeachment de Dilma

  • Foto do escritor: Guilherme Carvalho
    Guilherme Carvalho
  • 2 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, informou nesta quarta-feira (2) que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O peemedebista afirmou que, dos sete pedidos de afastamento que ainda estavam aguardando sua análise, ele deu andamento ao requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.


O pedido de Bicudo – um dos fundadores do PT – inclui as chamadas “pedaladas fiscais” do governo em 2015, como é chamada a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.


"Quanto ao pedido mais comentado por vocês proferi a decisão com o acolhimento da denúncia. Ele traz a edição de decretos editados em descumprimento com a lei. Consequentemente mesmo a votação do PLN 5 não supre a irregularidade", disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara.


A decisão ocorreu no mesmo dia em que a bancada do PT na Câmara anunciou que vai votar pela continuidade do processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética. Ao longo do dia, Cunha passou a consultar aliados sobre a possibilidade de abrir o processo de impeachment da presidente da República.


Na tarde desta quarta, o peemedebista tratou do assunto, em seu gabinete, com deputados de PP, PSC, PMDB, DEM, PR e SD. Segundo parlamentares ouvidos pelo G1, ele queria checar se teria apoio dos partidos caso decidisse autorizar o impeachment.


Nos bastidores, aliados do presidente da Câmara mandavam recados ao Palácio do Planalto de que ele iria deflagrar o processo de afastamento da presidente se o Conselho de Ética desse andamento ao processo de quebra de decoro parlamentar que pode cassar o mandato dele.


Comissão especial

Na entrevista coletiva desta quarta, Cunha também anunciou que autorizou a criação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment de Cunha.


“Não falei com ninguém do Palácio. É uma decisão de muita reflexão, de muita dificuldade. [...] Não quis ocupar a presidência da Câmara para ser o protagonista da aceitação de um pedido de impeachment. Não era esse o meu objetivo. Mas, repito, nunca, na história de um mandato houve tantos pedidos de impeachment como neste mandato”, ressaltou o peemedebista.


Fonte da matéria: Portal G1

Nathalia Passarinho - Do G1, em Brasília



O PASSO A PASSO DO IMPEACHMENT


1. QUESTÕES FORMAIS

O documento do pedido deve ter firma reconhecida, apresentação de provas e indicação de testemunhas.


2. RECURSO CONTRA INDEFERIMENTO

Caso o presidente da Câmara rejeite o pedido de impeachment, um parlamentar pode apresentar recurso contra a decisão.


3. COMISSÃO

Se o plenário da Câmara acolher o pedido de abertura de processo de impeachment, é formada uma comissão especial para emitir parecer. O presidente da República tem dez sessões para se manifestar. Após a resposta, a comissão tem cinco sessões para proferir o parecer.


4. O PARECER

O parecer é submetido à votação dos deputados. Não haverá questões de ordem (questionamentos sobre o andamento da sessão) nem pronunciamento de líderes para orientar suas bancadas. Para que o pedido de impeachment seja admitido, são necessários votos de 2/3 dos integrantes da Casa, ou seja, 342 votos. O processo, então, segue para apreciação do Senado.


5. NEGATIVA DO PARECER

Se a comissão especial negar a abertura do processo, o pedido para processar a presidente da República pode ser retomado se for aprovado por mais de 342 deputados.


Fonte de "O PASSO A PASSO DO IMPEACHMENT": www.politica.estadao.com.br

 
 
 

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