Protesto de merendeiras surtiu efeito no Guarujá
- Guilherme Carvalho
- 18 de dez. de 2015
- 2 min de leitura

Dezenas de merendeiras, com o presidente do Sintercub, Abenésio Santos, e a secretária municipal de educação, Priscilla Boninni (blusa branca), na foto de Paulo Passos
Foram apenas duas horas de protesto, na manhã desta sexta-feira, mas bastaram para as 140 merendeiras terceirizadas em serviço nas escolas e creches municipais de Guarujá conseguirem o que queriam.
Junto com o presidente Abenésio Santos e diretores do sindicato dos trabalhadores nas empresas de refeições coletivas da baixada santista e litoral (Sintercub), dezenas delas chegaram ao paço municipal às 8 horas.
Diante do barulho, com palavras de ordem ampliadas por equipamento sonoro, a secretária municipal de educação, Priscilla Bonini Ribeiro, desceu para falar com o grupo.
As empregadas da empreiteira ERJ reclamavam o pagamento das férias de dezembro, do vale transporte e da cesta básica, além da possibilidade da segunda parcela do 13º salário sair apenas em janeiro.
Priscila, que de início tentou persuadir os manifestantes a saírem do local, encontrou resistência do sindicato e das trabalhadoras. Resolveu, então, negociar um acordo.
Ela orientou seu diretor financeiro, Rafael Vizaco, a telefonar para a empresa e pressioná-la a pagar o que devia às merendeiras. Após três ou quatro telefonemas, ela veio com a notícia esperada pelas manifestantes.
“A segunda parcela do 13º sai agora à tarde”, disse a secretária, aplaudida pelas trabalhadoras. A cesta básica, segundo ela, será paga na semana que vem. E o vale transporte foi depositado parcialmente.
Priscila garantiu a Abenésio, diante das merendeiras, que, caso a empresa não cumpra o prometido, a secretaria colocará ônibus à disposição da categoria e com ela irá a São Paulo, protestar diante da ERJ.
O sindicalista lembrou à secretária que a empreiteira atrasa constantemente o pagamento do plano de saúde, deixando o pessoal sem atendimento, como agora.
No dia 1º deste mês de dezembro, a categoria paralisou as atividades, por 24 horas, e só assim conseguiu receber a primeira parcela do abono natalino.
O presidente do Sintercub diz que a ERJ “está à beira da falência. Em Bertioga, a prefeitura teve que depositar o valor correspondente às rescisões contratuais de 100 empregadas em suas contas bancárias”.
“Em São Sebastião, aconteceu a mesma coisa”, revela o sindicalista. “A empresa requereu recuperação judicial, a justiça concedeu, mas ela não conseguiu honrar”.
Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas de Cubatão, Baixada Santista e Litoral (Sintercub Força Sindical).
Rua Bernardino de Pinho Gomes, 741, Jardim São Francisco, Cubatão (SP), Cep 11500-150, fones 13-3375-3091 e 3375-3092.
Presidente: Abenésio dos Santos. Secretária da diretoria: Célia Regina Souza do Rosário. Redação e fotos: Paulo Passos MTb 12.646 SP.
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